sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pathwork - O Caminho

                                                 
                                                                                       "Cedo ou tarde, é preciso acordar"
                                                                                         Jake Sully, personagem do filme Avatar

Quem não se lembra do entusiasmo do personagem cadeirante de Avatar ao experenciar o mundo encantador de Pandora? Jake Sully, sempre receptivo a insights repete algumas vezes:
- Cedo ou tarde, é preciso acordar!
Sully entra no corpo do Avatar, leva suas defesas para o novo mundo, carregando armas e desconfiança. Aos poucos, com a ajuda de uma nativa muito espiritualizada, vai abandonando tudo o que o defende e o afasta dos Na'vi, habitantes de Pandora.
Há cerca de 3 anos, conheci um novo mundo , semelhante a Pandora, cheio de Esperança. Um mundo que orienta em como nos livrar das defesas, abaixar as armas e andar reconhecendo as emoções mais profundas. Esse mundo se chama Pathwork.
O Pathwork é um despertar, inicialmente da consciência, para vida. Esse caminho de autoconhecimento tem como base o coração e a verdade, sempre buscando os sentimentos mais escondidos, que muitas vezes mascara o maior poder do Universo: o amor. E é através do conhecimento dessas emoções que observamos nossas ações, reações condicionadas e conseguimos mudar alguns padrões de comportamento viciados.
O Guia do Pathwork, diz na palestra "Cansaço do mundo", que quando estamos cansados do mundo e nos sentimos tristes estamos diante ao chamado da alma. É como se recebêssemos um alerta para sinalizar que há algo a fazer por nós nesse momento. É o chamado da alma para buscarmos as leis divinas e nos conectarmos com nossa verdadeira essência.
Quando Jake Sully se apaixona por Pandora e pelos seres vivos de lá, ele começa a ter dúvidas da Terra: "Parece que Pandora é o mundo real, e aqui é o mundo das ilusões".
Assim, eu me sinto no mundo do Pathwork, um mundo de possibilidades de conexões maiores com o amor, com a verdade, e que direciona o andar neste mundo com um novo olhar, modificando as relações, trazendo novas experiências, vivendo como se o mundo fosse um novo lugar.
Afinal, cedo ou tarde, é preciso acordar!
Desejo uma linda caminhada para todos que se aventurarem nesse novo mundo!

Abraços


                           Marcia Oliveira

terça-feira, 22 de maio de 2012

A vingança de Peter Pan

WENDY: Peter, diga, você tem sentimentos?
PETER: Sentimentos?
WENDY: O que você sente? Felicidade, tristeza, ciúme?
PETER: Ciúme? Sininho!
WENDY: Raiva?
PETER: Gancho!
WENDY: Amor?
PETER: Amor?
WENDY: Amor.
PETER: Eu nunca ouvi falar!
WENDY: Eu acho que ouviu Peter! E ouso dizer que já sentiu por alguma coisa ou... por alguem.
PETER: Nunca! Só o som da palavra me ofende!
WENDY: Peter!
PETER: Porque você estragou tudo? Foi divertido não foi? Eu ensinei você a lutar e a voar! O que existe, além disso?
WENDY: tanta coisa mais!
PETER: O que? O que mais existe Wendy?
WENDY: Não sei, deve ficar mais claro à medida que você cresce!
PETER: Mas eu não vou crescer! Não vai me obrigar! Vai ser banida, como a Sininho!
WENDY: Eu nao vou ser banida!
PETER: Então vá pra casa! Vá pra casa e cresça! E leve esses sentimentos com você!"

            Se na Terra do Nunca não existe tempo, como estaria Peter Pan hoje?
            Eu arriscaria dizer que deve estar arcando com as consequências de sua escolha por não crescer, já que é inevitável se tornar adulto. Ninguém melhor que o Peter para falar da prisão que é a sua vingança. E não me refiro a vingança contra o Capitão Gancho, mas aquela vingança de permanecer criança!
Tudo começou quando Peter Pan escutou de seus pais os projetos que o esperavam para a sua vida adulta e por negar-se, resolve fugir voando para viver com fadas na Terra do Nunca. Mas um dia, saudoso de casa, decide voltar e encontra a sua janela fechada. Pelo vidro, ele vê outro bebê em sua cama. Sente que os pais o haviam substituído e ressentido, opta por não crescer e volta a sua terra imaginária.
Como o Peter é humano, fico pensando que hoje deve ser difícil para ele enxergar que a sua vingança o impossibilitou de aproveitar a companhia dos seus próprios pais, irmãozinho, ir a baladas, fazer parte de uma turma de faculdade, trabalhar, viajar, dirigir, ter sua própria casa, ser bem sucedido, casar e voltar a ser criança vendo seus próprios filhos brincarem.
E se não bastasse tudo isso, Peter ainda se nega a reconhecer o amor em si e se sente até ofendido quando questionado sobre o sentimento (vide diálogo acima). Tudo isso porque o aliado de sua vingança é a arte de negar o amor aos seus pais já que se sente substituído pelo irmão. E assim, passa a vida negando o mesmo amor para muitas pessoas.....
Quem não ficou ressentido com algo na infância e passou a agir se vingando de algumas coisas na vida? Às vezes, essa vingança passa despercebida por muito tempo até que um grande incômodo surge capaz de despertar a verdadeira realidade da própria prisão.
            E esse grande incômodo é ruim? Talvez seja uma benção disfarçada!
            Talvez o Peter Pan teria crescido se tivesse perdido a batalha final para o Capitão Gancho! Quem sabe a derrota teria o feito perceber as limitações da infância. Quem sabe não teria desejado “ser grande” para ganhar outra batalha ou lutar em melhores condições?
Mas como o Peter não é só a criança que se recusa a crescer, mas também é a criança linda que existe em todos nós....
 Basta pensar em coisas alegres, e seu coração vai voar nas asas, para sempre, na Never Never Land!

Abraços

            Marcia Oliveira

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Alguém aí já teve vontade de se transformar no incrível Hulk?


“A manifestação do mal não é algo intrinsecamente
diferente da pura consciência e energia. Ela apenas
mudou as suas características”
Palestra 197 do Guia do Pathwork


Nem mesmo os super-heróis escapam de um ataque de fúria!
Em uma das partes do recém estreado “Os vingadores”, o Homem de Ferro declara seu fascínio à Hulk:
 _ Dr. Banner, seu trabalho é incomparável. E eu sou um grande fã da maneira como você perde o controle e se transforma num enorme e raivoso monstro verde.”
Provocador, como é próprio do Homem de Ferro, não se cansa de lançar pequenos insultos para poder presenciar a maléfica metamorfose de Hulk.
Sempre contido, Dr. Banner confessa que já tentou até o suicídio com o intuito de matar o seu grande Eu Inferior – Hulk, mas compartilha que o seu monstro interior cuspiu a bala do revolver, não deixando-o completar a tarefa. Dr. Banner resolve aceitar o Hulk dentro de si e utiliza sua força para defender pessoas em perigo.
Agora, levanta a mão quem um dia não ficou verde de raiva e disparou palavras, pensamentos, sonhos ou mesmo ações que foram incontroláveis naquele momento. Mesmo que esses pensamentos negativos sejam “justificados”, como são aqueles que surgem quando vemos um criminoso na T.V.
No entanto, reconhecer que temos essa parte em nós, nos faz reagir como Dr. Banner, tentando eliminar o que é feio.
Como é impossível de se eliminar, é somente através da observação do nosso negativo e de sua aceitação, que conseguimos transformá-lo em uma energia mais purificada e até utilizá-la em favorecimento à criatividade e aos outros.
A boa notícia é que não somos só isso. Somos o Eu inferior que precisa ser domado, mas também somos essencialmente nosso Eu Superior que brilha a cada manhã.

            Uma semana de muita consciência para todos nós!
Abraço
Márcia Oliveira


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Nossos cães, nossas vibrações!

“Felizes os cães, que pelo faro descobrem os amigos.”
Machado de Assis
Branquinho, peludinho, pequenino e com gravatinha no pescoço, correu ligeiro para o portão com o peito estufado. Na sua língua canês podia-se quase entender:
_ Au, au, au, au.... Saia já dessa calçada seu intruso! Essa casa é minha!
Assustada, me recolhi interiormente, torcendo para a calçada terminar logo e não ouvir mais aqueles gritos caninos. Senti-me mesmo como uma invasora do território alheio, quase pedindo desculpas por pisar naquele chão.
Andando de cabeça baixa, procurando comida, quase sem levantar o olhar, andava pelas ruas e calçadas dividindo seu espaço com outros cães, cabritos, vacas e macacos. Esperando ouvir algum latido, nenhuma manifestação da voz foi ouvida em um lugar no qual ele sabia que era de todos.
E cachorro lá entende algo de espiritualidade?
Foi o que pude observar nos cachorros da Índia. Não se ouvia um latido se quer! Eles andavam calmamente pelas ruas, ou estavam dormindo, em meio a tanto barulho e confusão. Um ar pacífico o rodeava, como se ele soubesse que no fundo Somos todos um!
O guia do Pathwork explica, na palestra 6, que o quê chamamos de instinto animal é nada mais do que o sentido de percepção do que não é material. Esse sentido é mais desenvolvido nos animais por que o intelecto não é tão desenvolvido como no homem.  O animal está em sintonia com as vibrações, harmonizadas pelo amor. O animal capta a vibração, mesmo que não possa ver você com os olhos físicos. É sua visão espiritual ou sua audição, ou olfato que percebem a vibração conhecida.
Se nossos animais captam uma vibração mais individualista? Acredito que sim, pois quase sempre aparecem atrás dos seus portões agindo como se estivessem demarcando seu território! Mas também são amorosos, felizes e reconhece o amigo que também verdadeiramente todos somos!
Uma semana de boas vibrações a todos!
Marcia Oliveira

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

DESAPEGO

Do que você, ou melhor, sua mente, é capaz de se desapegar? Roupas guardadas, livros não lidos, coisas não usadas?
Em uma das manhãs na Índia, observou-se uma situação que pode ter acontecido na vida de alguns de vocês.
Logo cedo, em um respeitado Ashram, sentamos em uma grande mesa junto aos indianos e tomamos o café da manhã de seu costume, ouvindo:
_ Eu acordei hoje às 2 horas da manhã! – disse um amigo.
_ Eu também, não conseguia mais dormir! Deve ser o fuso horário!- disse uma amiga.
Para que refletir sobre um fato que é tão costumeiro quando se está num país com horário tão diferente?
Eu também tinha acordado às 2 horas da manhã naquela madrugada, mas já tinha me acostumado com as horas. Tinha plena consciência que o que me acordara foi o colchão ruim, que mal dava para disfarçar o estrado da cama. O colchão ruim? Ou minha mente que naquele momento não conseguia estar humilde e desejava o colchão de casa?
Com esses pensamentos até o almoço, nos dirigimos ao refeitório. Toca o sino, deixo a rasteirinha da moda verão Brasil na entrada do salão, pego uma bandeja redonda de inox toda riscada e troco por uma bandeja de inox também, porém com divisórias para não misturar os alimentos. Noto as unhas um tanto sujas da pessoa que me serve, direciono-me a mesa e não vejo garfo e faca. Como faço para comer? Fico extremamente feliz quando vejo uma colher, mas a comida é apimentada, não quero comer e nem encostar o talher na boca. Retiro o alimento com os dentes, sem querer encostar os lábios. Como sou nojenta, reconheço.
Olha, devo ter aprimorado um pouco a humildade para conseguir contar isso a vocês. Mas naquele dia, me perguntei: o quanto sou capaz de ser humilde? O quanto sou capaz de abrir mão, desapegar dos meus desejos e aceitar o que a vida oferece?
Cerca de três dias após os questionamentos, um guru nos disse:
- O sofrimento nasce a partir do duelo do que existe e do que a mente deseja! Se não há desejos, há aceitação!
Se aprendi a lição? Espero que sim! Pois a pior das situações podem se tornar momentos ricos de aprendizado quando estou aberta ao que a vida oferece ou mesmo quando a ficha cai depois.
Um Feliz Carnaval a todos!!
Bj
Marcia Oliveira

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Você se descontrola em meio à bagunça?

“...Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado...
Resignação para aceitar o que não pode ser mudado...
E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”
                                   São Francisco de Assis

Quem não já se irritou com casa bagunçada, papéis sem fim ou muita louça para lavar? O que te tira do eixo?
Agora, por um parágrafo, imaginem: turista de bermuda, cheiro de incenso, homens de turbante, calor, cheiro de folhas de árvores queimadas, corvos dando rasante, carros disparando buzinas, pedestres por todo lado, vacas atravessando a rua, odor de pescado, calor, templos hindus, gato de olho no peixe, mulheres de sare, lindas roupas bordadas, igreja católica, muito calor, gosto apimentado, ambulante insistente, bijuterias exuberantes, cabrito pastando...
E foi assim que foram apresentadas aos nossos olhos as primeiras imagens da Índia. Para muitos foi impossível não reparar no visual e logo deixar a mente julgar: como é que conseguem viver assim?
Pouco depois se ouvia dos colegas:
_ Puxa, mas os carros não se batem. Incrível como em meio à confusão, eles se entendem.
_ Ninguém xinga ninguém no trânsito.
_ Não precisa se preocupar, quase não há roubos aqui.
_ Olha aquela criança carente ali. Viu-nos no ônibus, e está sorrindo e acenando!
_ Namastê (meu Deus interior salda o Deus em você)!  

Como os indianos conseguem serem assim tão amáveis, felizes, gentis em meio a tanta confusão?
O guia do Pathwork diz que o que destrói a paz de espírito, o que causa ansiedade e tensão é a falta de aceitação. A aceitação temporária das próprias limitações atuais, e consequentemente dos resultados imediatos, não significa resignação com relação à tragédia e ao sofrimento. Significa simplesmente passar por uma fase de menos expansão, conforto e contentamento, aceitando as próprias limitações e a responsabilidade por este estado presente, e vencendo, assim, o terror da situação.
Pode até ser muitas situações tentem provocar angústias, mas sempre há de existir a lembrança da aceitação!
Desejo a todos uma semana de paz e aceitação!
Bjs
Marcia  Oliveira