Nossos cães, nossas vibrações!
“Felizes os cães, que pelo faro descobrem os amigos.”
Machado de Assis
Branquinho, peludinho, pequenino e com gravatinha no pescoço, correu ligeiro para o portão com o peito estufado. Na sua língua canês podia-se quase entender:
_ Au, au, au, au.... Saia já dessa calçada seu intruso! Essa casa é minha!
Assustada, me recolhi interiormente, torcendo para a calçada terminar logo e não ouvir mais aqueles gritos caninos. Senti-me mesmo como uma invasora do território alheio, quase pedindo desculpas por pisar naquele chão.
Andando de cabeça baixa, procurando comida, quase sem levantar o olhar, andava pelas ruas e calçadas dividindo seu espaço com outros cães, cabritos, vacas e macacos. Esperando ouvir algum latido, nenhuma manifestação da voz foi ouvida em um lugar no qual ele sabia que era de todos.
E cachorro lá entende algo de espiritualidade?
Foi o que pude observar nos cachorros da Índia. Não se ouvia um latido se quer! Eles andavam calmamente pelas ruas, ou estavam dormindo, em meio a tanto barulho e confusão. Um ar pacífico o rodeava, como se ele soubesse que no fundo Somos todos um!
O guia do Pathwork explica, na palestra 6, que o quê chamamos de instinto animal é nada mais do que o sentido de percepção do que não é material. Esse sentido é mais desenvolvido nos animais por que o intelecto não é tão desenvolvido como no homem. O animal está em sintonia com as vibrações, harmonizadas pelo amor. O animal capta a vibração, mesmo que não possa ver você com os olhos físicos. É sua visão espiritual ou sua audição, ou olfato que percebem a vibração conhecida.
Se nossos animais captam uma vibração mais individualista? Acredito que sim, pois quase sempre aparecem atrás dos seus portões agindo como se estivessem demarcando seu território! Mas também são amorosos, felizes e reconhece o amigo que também verdadeiramente todos somos!
Uma semana de boas vibrações a todos!
Marcia Oliveira